[ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
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[ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Seg Fev 27, 2012 10:26 pm
Conan na cidade dos Magos
Argumento original de ROY THOMAS, com Lápis de JOHN BUSCEMA e tinta de ERNIE CHAN. publicada originalmente nas respectivas sequências da SAVAGE SWORD: Nºs 202-205, no ano de 1991. No Brasil, pela ABRIL nas ESC'S 111-114Introdução
Depois de simplesmente estourar a boca do balão em sua primeira fase, a SAVAGE SWORD entrou em uma fase crítica com a temporária ausência de ROY THOMAS que já havia praticamente esgotado o arsenal de adaptações de contos originais do criador de Conan, os novos argumentos então, haviam ficado a cargo de nomes como MICHAEL FLEISHER, LARRY YAKATA e CHUK DIXON baixando em muito a qualidade das histórias
Mas Thomas fez uma volta triunfal que ocupou praticamente uma nova fase dando novo fôlego na revista trabalhando adaptações de livros outros escritores de ficção, como L. SPRAGUE DE CAMP, BJORN NIEBERG e ANDREW J. OFFUT, criando novos clássicos nas páginas da SSC, Destacando-se: CONAN E O DEUS ARANHA, OS DEUSES DA MONTANHA, A CAVEIRA DOS MARES, etc.
Mas nessa nova fase, um Thomas já muito experiente em escrever Conan e dominando habilmente toda a geografia e geopolítica hiboriana, estando “Pronto” para criar este ótimo conto originalmente criado por ele.
Conan já passa dos 30 anos, e a memória de quase 10 anos da morte da Rainha da Costa Negra ainda por vezes fustiga-lhe a memória. Atualmente aventurando-se como PIRATA BARACHO, tendo suas primeiras experiências como capitão destes temidos lobos-do-mar hiboriano, além de, durante esta fase, ser esclarecida a origem de suas relações com os personagens-chave do clássico O TESOURO DE TRANICOS: O Zíngaro ZARONO e o Argoseano STROMBANNI
Navegando com seus barachos pelo SUL, sendo peseguidos implacavelmente por ZARONO NEGRO, Conan é obrigado a aportar no Reino negro de ZABHELA para se abastecer, logo seus piratas são presos pelos guardas do REI PALAMBO por pirataria na costa, pretendendo mantê-los cativos até ensinarem a prática de navegação aos seus soldados para depois serem ofertados aos DEUSES NEGROS em sacrifício. No cárcere, Conan reencontra na cela um antigo inimigo/aliado mantendo por meio de magia, uma aparência humana de um Estígio alto por: o Demônio IMHOTEP (O primeiro encontro deles ocorreu na CB)
Imhotep conta que um novo chefe do ANEL NEGRO chamado HAK HERU, tomara seu AMULETO MÁGICO (único item capaz de ferir o ser) e o domínio de sua HORDA DEMONÍACA (Imhotep chefia uma legião de demônios assassinos que voam em cavalos alados) e revelando a Conan que fugira de sua masmorra em KESHATTA para ficar cativo em ZABHELA com seus poderes diminuídos á metade, caso ele não recupere seu amuleto dentro do período de um ano, tornar-se-á aquilo que mais detesta: um ser Humano.
Mas graças á luxúria da mulher de Palambo, a RAINHA ZANGHY, que resolvera explorar os dotes sexuais do seu novo escravo bárbaro em um MÉNAGE A TROIS com o Estígio, a dupla consegue a oportunidade de escapar do palácio matando o rei Palambo na fuga. E já conhecendo os talentos de Conan como guerreiro, Imhotep oferece-lhe uma BARGANHA: caso ajude-o a viajar até a CIDADE DOS MAGOS (Keshatta) para vingar-se de Hak-Heru, o demônio voltaria e libertaria os companheiros de Conan (que já jurara encontrar um jeito de os libertar antes de falar com Imhotep) Sem outra alternativa, Conan acaba consentindo
A caminho da cidade dos magos, os dois precisam atravessar MEROÊ, cidade que há poucos anos Conan havia fugido de uma revolução popular que derrubou o poder dos governantes Estígios e colocou os incitadores da massa no poder na cidade (História publicada em "O FOCINHO DAS TREVAS" CB Nº 3) Conan e Imhotep são capturados pela guarda local por um antigo subalterno invejoso de Conan antes da revolução e levados até o novo líder: o “farejador de bruxas” AGEERA: um antigo feiticeiro local que acaba vendo a verdadeira face de Imhotep por detrás de sua aparência mística, depois de uma batalha contra os guardas, o demônio cai cativo dos soldados e Conan aproveita para fugir encontrando uma antiga amante na cidade que o ajuda a se disfarçar de soldado Meroano para infiltrar-se na masmorra e libertar o parceiro. Libertando o demônio, enquanto a dupla está fugindo, os guardas são alertados e investem contra eles, e neste momento surge no céu a horda demoníaca em busca de IMHOTEP a mando de HAK-HERU esquartejando a guarda Meroana
Impotentes contra a invulnerabilidade da horda alada, Imhotep entrega-se aos seus antigos acólitos enquanto Conan foge para o deserto Estígio indo parar na arruinada GAZAL (ESC Nº 30). Depois de beber a água do poço dos habitantes, seus reflexos e seu raciocínio entram em profundo torpor, tornando-se lânguidos e ingênuos como a população da cidade, enquanto permanece refém de um grupo de mercenários de passagem pelo deserto, que resolvem parar para pilhar a cidade, o Cimério recobra seu vigor eliminando rapidamente seus algozes e retomando a sua jornada
Ao chegar na cidade Estígia, Conan é ludibriado e levado cativo até o mercado de escravos para ser vendido, sendo comprado pelo mais novo integrante do ANEL NEGRO: ZULA!
Devido ao tempo e o fato de Zula ter se tornado um feiticeiro de fato, e não mais o ilusionista de meia dúzia de truques que o ajudara a invadir a capital de SHEM com Bêlit anos atrás, além de riqueza e renome que agora possui na Stígya, fazem Conan ter todos os motivos para pensar que o antigo companheiro de batalha fora-se há muito, e tornara-se um maligno servo de SETH. A desconfiança levada ao extremo, lança os dois a um tremendo combate na câmara secreta do falecido SHO-ONORU (antigo mestre de Zula).
Desfeitas as desavenças e desconfianças, Zula fica a par da situação do Cimério e resolve ajudá-lo em nome da amizade de outrora.
O Ataque da HORDA DEMONÍACA a mando de HAK-HERU em MEROÊ, apesar de bem sucedido, não ficou livre de EFEITOS COLATERAIS, pois o poder local entendeu como uma declaração de guerra a matança de seus homens por atos de feitiçaria a mando dos magos do Anel, então os exércitos de Meroê liderados por AGEERA marcham em direção a KESHATTA com ambições de conquista
Como a liderança na cidade dos magos reduz-se ao mais alto clericato de SETH há séculos, a cidade sempre foi protegida pelas forças das trevas em vez das armas, e por isso seu poder militar só é eficiente para debelar pequenos distúrbios internos, e ciente da ameaça que se aproxima, Zula engedra o seguinte embuste: decide levar Conan como seu escravo pessoal para o conselho do anel para convencê-los a conceder a liderança do exército Estígio a um guerreiro experiente e de renome para a proteção da cidade, enquanto a maioria dos magos acata a idéia de ZULA, seu novo líder Hak-Heru discorda, e diante da pressão da maioria, oferece o comando do exército caso o atual “dono” do Cimério possa vencê-lo numa partida de um jogo místico (Uma espécie de RPG real) chamado ZINAT, onde Conan é o personagem ou vítima principal.
No momento em que Zula vence a partida para a fúria do líder do anel, KESHATTA é cercada dando início á grande batalha dos magos, enquanto Conan no meio da confusão é transportado misticamente por ZULA até o esconderijo de IMHOTEP liberando o demônio até sua vingança final... e para alívio do Cimério, o demônio cumpre sua parte do acordo libertando seus homens em Zabhela.
Primeiramente, percebo que um escritor do calibre de Roy; além de já contar com a máxima reputação dentro das páginas da revista, e dentro da própria MARVEL, não reduz o seu trabalho ao peso de sua Fama: todas as suas referências aos já antigos trabalhos feitos por ele em títulos diferentes de CONAN (E não são poucas) são minuciosas, e demonstram que o autor preocupa-se em amarrar todas as pontas do trabalho, ao mesmo tempo em que nunca subestima a memória dos leitores que os viram, pois para quem já conhece, não é preciso “Conferir” o que havia sido visto em Meroê ou o que havia acontecido com ZULA em incontáveis edições da CB para compreender o contexto da trama.
Aliás, a descrição atual da neófita política de autonomia tecnológica e militar agora praticada nos REINOS NEGROS, com seus governantes recém libertos pela via revolucionária de seus opressores e conquistadores de pele clara, revela as intenções territorialistas e expansionistas praticadas por “Pré-estados” de sociedades retiradas á força de seu estágio tribal pelos ocidentais, Thomas praticamente “joga” os reinos Negros em um período SEMI-NACIONALISTA, uma alegoria hiboriana das repúblicas belicosas e expansionistas do século XIX e XX (isso sem deixar a ironia de lado, pois quando Conan comenta: “-Parece que os novos governantes não são mais amados que os antigos Estígios que mandavam em Meroê..” ao que Imhotep retruca “- Humano, realmente importa de QUAL COR SÃO AS CORRENTES?”) fechando com chave de ouro com o cerco dos Meroanos á Keshatta
Outro ponto alto da saga é realmente a relação de CONAN com IMHOTEP, com seus envolventes diálogos, fruto das curiosas NATUREZAS dos interlocutores, pois sempre soubemos que Conan estava a anos-luz de ser um paladino defensor da justiça e da vida, mas ao mesmo tempo em que é obrigado a forjar uma aliança com um demônio semi-indestrutível de uma dimensão paralela que não possui o menor respeito para com qualquer forma de vida, ou nas palavras dele mesmo: “-todo o Gado Humano tende a se parecer” (e isto revela-se até mais cômico devido á linguagem formal empregada por ele) obrigam Conan a visualizar valores com relação á existência humana que até um matador inveterado como ele não pode esquecer, e enquanto os dois maldigam a sua aliança temporária (ainda por cima IMHOTEP é demônio E Mago, pensem no desconforto do Cimério ao ter de viajar com ele...), revelam-se parceiros inigualáveis para trabalhar em equipe e resolver uma enrascada
A edição que se dedica ao encontro com ZULA, é um pequeno interlúdio que visa alongar a saga e trazer de volta um velho personagem querido, mas a brutalidade do encontro só enriquece as sequências de ação da história, que são muito bem conduzidas de forma envolvente por Roy, desde o início em meroê, selando o destino da amaldiçoada GAZAL até o curioso jogo de ZINAT chegando ao final, final eletrizante! Que ainda nos derradeiros últimos quadrinhos, cara a cara com o mago vilão, até um demônio encarnado descobre que precisa de um Cimério Modafócka para dar uma “força” em sua sangrenta vingança...
Mas Thomas fez uma volta triunfal que ocupou praticamente uma nova fase dando novo fôlego na revista trabalhando adaptações de livros outros escritores de ficção, como L. SPRAGUE DE CAMP, BJORN NIEBERG e ANDREW J. OFFUT, criando novos clássicos nas páginas da SSC, Destacando-se: CONAN E O DEUS ARANHA, OS DEUSES DA MONTANHA, A CAVEIRA DOS MARES, etc.
Mas nessa nova fase, um Thomas já muito experiente em escrever Conan e dominando habilmente toda a geografia e geopolítica hiboriana, estando “Pronto” para criar este ótimo conto originalmente criado por ele.
Cronologia Marvel
Conan já passa dos 30 anos, e a memória de quase 10 anos da morte da Rainha da Costa Negra ainda por vezes fustiga-lhe a memória. Atualmente aventurando-se como PIRATA BARACHO, tendo suas primeiras experiências como capitão destes temidos lobos-do-mar hiboriano, além de, durante esta fase, ser esclarecida a origem de suas relações com os personagens-chave do clássico O TESOURO DE TRANICOS: O Zíngaro ZARONO e o Argoseano STROMBANNI
Sinopse
Capítulo 1: A ESPADA E A FOICE
Navegando com seus barachos pelo SUL, sendo peseguidos implacavelmente por ZARONO NEGRO, Conan é obrigado a aportar no Reino negro de ZABHELA para se abastecer, logo seus piratas são presos pelos guardas do REI PALAMBO por pirataria na costa, pretendendo mantê-los cativos até ensinarem a prática de navegação aos seus soldados para depois serem ofertados aos DEUSES NEGROS em sacrifício. No cárcere, Conan reencontra na cela um antigo inimigo/aliado mantendo por meio de magia, uma aparência humana de um Estígio alto por: o Demônio IMHOTEP (O primeiro encontro deles ocorreu na CB)
Imhotep conta que um novo chefe do ANEL NEGRO chamado HAK HERU, tomara seu AMULETO MÁGICO (único item capaz de ferir o ser) e o domínio de sua HORDA DEMONÍACA (Imhotep chefia uma legião de demônios assassinos que voam em cavalos alados) e revelando a Conan que fugira de sua masmorra em KESHATTA para ficar cativo em ZABHELA com seus poderes diminuídos á metade, caso ele não recupere seu amuleto dentro do período de um ano, tornar-se-á aquilo que mais detesta: um ser Humano.
Mas graças á luxúria da mulher de Palambo, a RAINHA ZANGHY, que resolvera explorar os dotes sexuais do seu novo escravo bárbaro em um MÉNAGE A TROIS com o Estígio, a dupla consegue a oportunidade de escapar do palácio matando o rei Palambo na fuga. E já conhecendo os talentos de Conan como guerreiro, Imhotep oferece-lhe uma BARGANHA: caso ajude-o a viajar até a CIDADE DOS MAGOS (Keshatta) para vingar-se de Hak-Heru, o demônio voltaria e libertaria os companheiros de Conan (que já jurara encontrar um jeito de os libertar antes de falar com Imhotep) Sem outra alternativa, Conan acaba consentindo
Capítulo 2:INVASORES EM MEROÊ
A caminho da cidade dos magos, os dois precisam atravessar MEROÊ, cidade que há poucos anos Conan havia fugido de uma revolução popular que derrubou o poder dos governantes Estígios e colocou os incitadores da massa no poder na cidade (História publicada em "O FOCINHO DAS TREVAS" CB Nº 3) Conan e Imhotep são capturados pela guarda local por um antigo subalterno invejoso de Conan antes da revolução e levados até o novo líder: o “farejador de bruxas” AGEERA: um antigo feiticeiro local que acaba vendo a verdadeira face de Imhotep por detrás de sua aparência mística, depois de uma batalha contra os guardas, o demônio cai cativo dos soldados e Conan aproveita para fugir encontrando uma antiga amante na cidade que o ajuda a se disfarçar de soldado Meroano para infiltrar-se na masmorra e libertar o parceiro. Libertando o demônio, enquanto a dupla está fugindo, os guardas são alertados e investem contra eles, e neste momento surge no céu a horda demoníaca em busca de IMHOTEP a mando de HAK-HERU esquartejando a guarda Meroana
Capítulo 3: SANGUE E MORTE EM GAZAL
Impotentes contra a invulnerabilidade da horda alada, Imhotep entrega-se aos seus antigos acólitos enquanto Conan foge para o deserto Estígio indo parar na arruinada GAZAL (ESC Nº 30). Depois de beber a água do poço dos habitantes, seus reflexos e seu raciocínio entram em profundo torpor, tornando-se lânguidos e ingênuos como a população da cidade, enquanto permanece refém de um grupo de mercenários de passagem pelo deserto, que resolvem parar para pilhar a cidade, o Cimério recobra seu vigor eliminando rapidamente seus algozes e retomando a sua jornada
Capítulo 4: KESHATTA!
Ao chegar na cidade Estígia, Conan é ludibriado e levado cativo até o mercado de escravos para ser vendido, sendo comprado pelo mais novo integrante do ANEL NEGRO: ZULA!
Devido ao tempo e o fato de Zula ter se tornado um feiticeiro de fato, e não mais o ilusionista de meia dúzia de truques que o ajudara a invadir a capital de SHEM com Bêlit anos atrás, além de riqueza e renome que agora possui na Stígya, fazem Conan ter todos os motivos para pensar que o antigo companheiro de batalha fora-se há muito, e tornara-se um maligno servo de SETH. A desconfiança levada ao extremo, lança os dois a um tremendo combate na câmara secreta do falecido SHO-ONORU (antigo mestre de Zula).
Desfeitas as desavenças e desconfianças, Zula fica a par da situação do Cimério e resolve ajudá-lo em nome da amizade de outrora.
Capítulo 5: QUANDO MAGOS GUERREIAM
O Ataque da HORDA DEMONÍACA a mando de HAK-HERU em MEROÊ, apesar de bem sucedido, não ficou livre de EFEITOS COLATERAIS, pois o poder local entendeu como uma declaração de guerra a matança de seus homens por atos de feitiçaria a mando dos magos do Anel, então os exércitos de Meroê liderados por AGEERA marcham em direção a KESHATTA com ambições de conquista
Como a liderança na cidade dos magos reduz-se ao mais alto clericato de SETH há séculos, a cidade sempre foi protegida pelas forças das trevas em vez das armas, e por isso seu poder militar só é eficiente para debelar pequenos distúrbios internos, e ciente da ameaça que se aproxima, Zula engedra o seguinte embuste: decide levar Conan como seu escravo pessoal para o conselho do anel para convencê-los a conceder a liderança do exército Estígio a um guerreiro experiente e de renome para a proteção da cidade, enquanto a maioria dos magos acata a idéia de ZULA, seu novo líder Hak-Heru discorda, e diante da pressão da maioria, oferece o comando do exército caso o atual “dono” do Cimério possa vencê-lo numa partida de um jogo místico (Uma espécie de RPG real) chamado ZINAT, onde Conan é o personagem ou vítima principal.
No momento em que Zula vence a partida para a fúria do líder do anel, KESHATTA é cercada dando início á grande batalha dos magos, enquanto Conan no meio da confusão é transportado misticamente por ZULA até o esconderijo de IMHOTEP liberando o demônio até sua vingança final... e para alívio do Cimério, o demônio cumpre sua parte do acordo libertando seus homens em Zabhela.
Comentários
Primeiramente, percebo que um escritor do calibre de Roy; além de já contar com a máxima reputação dentro das páginas da revista, e dentro da própria MARVEL, não reduz o seu trabalho ao peso de sua Fama: todas as suas referências aos já antigos trabalhos feitos por ele em títulos diferentes de CONAN (E não são poucas) são minuciosas, e demonstram que o autor preocupa-se em amarrar todas as pontas do trabalho, ao mesmo tempo em que nunca subestima a memória dos leitores que os viram, pois para quem já conhece, não é preciso “Conferir” o que havia sido visto em Meroê ou o que havia acontecido com ZULA em incontáveis edições da CB para compreender o contexto da trama.
Aliás, a descrição atual da neófita política de autonomia tecnológica e militar agora praticada nos REINOS NEGROS, com seus governantes recém libertos pela via revolucionária de seus opressores e conquistadores de pele clara, revela as intenções territorialistas e expansionistas praticadas por “Pré-estados” de sociedades retiradas á força de seu estágio tribal pelos ocidentais, Thomas praticamente “joga” os reinos Negros em um período SEMI-NACIONALISTA, uma alegoria hiboriana das repúblicas belicosas e expansionistas do século XIX e XX (isso sem deixar a ironia de lado, pois quando Conan comenta: “-Parece que os novos governantes não são mais amados que os antigos Estígios que mandavam em Meroê..” ao que Imhotep retruca “- Humano, realmente importa de QUAL COR SÃO AS CORRENTES?”) fechando com chave de ouro com o cerco dos Meroanos á Keshatta
Outro ponto alto da saga é realmente a relação de CONAN com IMHOTEP, com seus envolventes diálogos, fruto das curiosas NATUREZAS dos interlocutores, pois sempre soubemos que Conan estava a anos-luz de ser um paladino defensor da justiça e da vida, mas ao mesmo tempo em que é obrigado a forjar uma aliança com um demônio semi-indestrutível de uma dimensão paralela que não possui o menor respeito para com qualquer forma de vida, ou nas palavras dele mesmo: “-todo o Gado Humano tende a se parecer” (e isto revela-se até mais cômico devido á linguagem formal empregada por ele) obrigam Conan a visualizar valores com relação á existência humana que até um matador inveterado como ele não pode esquecer, e enquanto os dois maldigam a sua aliança temporária (ainda por cima IMHOTEP é demônio E Mago, pensem no desconforto do Cimério ao ter de viajar com ele...), revelam-se parceiros inigualáveis para trabalhar em equipe e resolver uma enrascada
A edição que se dedica ao encontro com ZULA, é um pequeno interlúdio que visa alongar a saga e trazer de volta um velho personagem querido, mas a brutalidade do encontro só enriquece as sequências de ação da história, que são muito bem conduzidas de forma envolvente por Roy, desde o início em meroê, selando o destino da amaldiçoada GAZAL até o curioso jogo de ZINAT chegando ao final, final eletrizante! Que ainda nos derradeiros últimos quadrinhos, cara a cara com o mago vilão, até um demônio encarnado descobre que precisa de um Cimério Modafócka para dar uma “força” em sua sangrenta vingança...
Ufa, esse foi trabalhoso...
Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Fev 28, 2012 12:30 am
putz... mal me lembro desta historia... lembro das revistas... das capas.... e até dos personagens... mas a história em si eu não to me recordando.... E olha que esta numeração é uma fase que eu tenho certeza de ter completa... Uma grande verdade é que, apesar de gostar muito do personagem, eu nunca fui muito estudioso sobre. Agora, depois de velho e com a criação deste site é que tenho me dedicado mais à obra.
Precisava de dar uma re-lida antes de postar um comentário mais decente.. (caracas... to ficando abarrotado de tantas revistas pra reler!!! kkkkkkkkk)
E parabéns pelo post Sieg... como sempre... muito bem feito!!! Vou Lança-lo no portal!!!
Precisava de dar uma re-lida antes de postar um comentário mais decente.. (caracas... to ficando abarrotado de tantas revistas pra reler!!! kkkkkkkkk)
E parabéns pelo post Sieg... como sempre... muito bem feito!!! Vou Lança-lo no portal!!!
- SiegfriedAdmin
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Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Fev 28, 2012 12:47 am
Josey Wales escreveu:putz... mal me lembro desta historia... lembro das revistas... das capas.... e até dos personagens... mas a história em si eu não to me recordando.... E olha que esta numeração é uma fase que eu tenho certeza de ter completa... Uma grande verdade é que, apesar de gostar muito do personagem, eu nunca fui muito estudioso sobre. Agora, depois de velho e com a criação deste site é que tenho me dedicado mais à obra.
Precisava de dar uma re-lida antes de postar um comentário mais decente.. (caracas... to ficando abarrotado de tantas revistas pra reler!!! kkkkkkkkk)
E parabéns pelo post Sieg... como sempre... muito bem feito!!! Vou Lança-lo no portal!!!
Valeu Walles, não faço mais que minha obrigação
Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Fev 28, 2012 12:52 am
acho que poderiamos era arquitetarmos de todo mundo ler a mesma edição... rsrsrs tipo um clube do livro.
Por exemplo... eu escolho uma edição para fazer a resenha no dia X.. ai todo mundo poderia ler a revista até o dia. Eu postaria a resenha e depois os outros poderiam comentar....
Talvez assim nasceria um diálogo mais profundo sobre a obra...
Por exemplo... eu escolho uma edição para fazer a resenha no dia X.. ai todo mundo poderia ler a revista até o dia. Eu postaria a resenha e depois os outros poderiam comentar....
Talvez assim nasceria um diálogo mais profundo sobre a obra...
- SiegfriedAdmin
- Mensagens : 1086
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Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Fev 28, 2012 1:25 am
Putz! sem querer jogar areia, mas acho que isso vai ser complicado colega, pois quando a leitura vira obrigação aí fica tudo mais díficil, rsrsrs
Até esse post: eu já pretendia fazê-lo desde o ano passado, que foi quando reli mesmo esta história por volta de dezembro e constatei que ela era tão boa quanto da primeira vez que eu havia lido, mas fiquei postergando até hoje e já estava ficando "Morno" na minha cabeça e o fiz antes que esfriasse de vez, rsrsrsrs
Até esse post: eu já pretendia fazê-lo desde o ano passado, que foi quando reli mesmo esta história por volta de dezembro e constatei que ela era tão boa quanto da primeira vez que eu havia lido, mas fiquei postergando até hoje e já estava ficando "Morno" na minha cabeça e o fiz antes que esfriasse de vez, rsrsrsrs
Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Fev 28, 2012 1:36 am
entendo... nao tiro sua razão.... eu tb sou péssimo com datas...
- nandokiss
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Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Qua Fev 29, 2012 7:18 am
Deve ser boa a história.
mas nessa fase minha coleção está incompleta...
mas nessa fase minha coleção está incompleta...
- KINGCONAN
- Mensagens : 287
Data de inscrição : 09/10/2011
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Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Mar 06, 2012 6:03 pm
Não me lembro com detalhes desta história, e como resolvi dedicar um tempo para reler as revistas do Conan a parti do numero 101 e ja estou no 108, logo chego nela, to lendo uma por semana isto porque tenho muito material da MARVEL/DC chegando quase todos os dias, e este inicio de ano to muito sobrecarregado de serviço e tenho que arrumar tempo livre para da conta da leitura de mais de 25 revistas.
- SiegfriedAdmin
- Mensagens : 1086
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Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Mar 06, 2012 6:16 pm
KINGCONAN escreveu:Não me lembro com detalhes desta história, e como resolvi dedicar um tempo para reler as revistas do Conan a parti do numero 101 e ja estou no 108, logo chego nela, to lendo uma por semana isto porque tenho muito material da MARVEL/DC chegando quase todos os dias, e este inicio de ano to muito sobrecarregado de serviço e tenho que arrumar tempo livre para da conta da leitura de mais de 25 revistas.
King, não sei se concordas comigo, mas a ESC brasileira tem momentos bem definidos em termos de qualidade de publicações, sendo que o "Hype" dela se encontra do Nº 01 ao 60 com as principais adaptações dos originais até a rainha da costa negra respectivamente logo sequida de uma decaída com histórias bem rasas e fracas até o Nº 99 retomando do 100 em diante com a segunda fase do Roy Thomas com adaptações de outros ecritores de Conan e boas histórias originais (no caso de CIDADE DOS MAGOS e as sequências de amarração cronológica como UMA NOITE EM MESSÂNTIA da ESC 108 que tu mesmo citou) até o Nº 145 mais ou menos depois fechando as republicações dos primeiros materiais do BWS
Quando chegar até cidade dos magos, peço que partilhe tuas impressões no tópico, valeuz!
- KINGCONAN
- Mensagens : 287
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Localização : Montanha-ES
Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Mar 06, 2012 6:30 pm
Realmente o melhor da Espada Selvagem se encontra no inicio, e assim que ler cidade dos magos volto aqui para dialogarmos. Alguem ja reparou que as melhores histórias de Conan publicadas pela Marvel são todas as adaptações de Robert E. Howard?
- SiegfriedAdmin
- Mensagens : 1086
Data de inscrição : 11/10/2011
Re: [ESC 111-115] CONAN NA CIDADE DOS MAGOS
Ter Mar 06, 2012 6:40 pm
Ora, mas quem pode superar o criador? rsrsrs
Sabes que não fazem muitas semanas eu reli a novela "Conan o pirata" do L. de Camp, aquela da princesa Chabela, Nzinga e Toth-amon. A adaptação, tirando o desenho do Zuniga que eu não gosto, é espetacular! tão bom quanto a primeira vez que li, acredito que achei até melhor. A sequência de RED NAILS (Conan e os deuses da montanha) do Roland Green e desenho do Kayanan também é uma pérola que empolga muito ler, mas se formos medir só pela popularidade de coisas como Torre do elefante, ainda assim as obras do criador ganham de goleada
Sabes que não fazem muitas semanas eu reli a novela "Conan o pirata" do L. de Camp, aquela da princesa Chabela, Nzinga e Toth-amon. A adaptação, tirando o desenho do Zuniga que eu não gosto, é espetacular! tão bom quanto a primeira vez que li, acredito que achei até melhor. A sequência de RED NAILS (Conan e os deuses da montanha) do Roland Green e desenho do Kayanan também é uma pérola que empolga muito ler, mas se formos medir só pela popularidade de coisas como Torre do elefante, ainda assim as obras do criador ganham de goleada
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