The God, The Bad, The Weird

Bem moçada, pretendo fazer um post tão rápido quanto um tiro de winchester pra falar desse filme, pois embora o faroeste não seja “a minha praia”, sinto o dever de vir aqui compartilhar com os amigos esta pequena homenagem do cinema coreano capitalista ao clássico “The Good, The Bad And the Ugly” que eu assisti recentemente e que na minha opinião não merece cair no esquecimento, (apesar dele não ser mais um lançamento como os demais filmes que temos falado aqui nessa sala):



Década de 30, uma zona árida da manchúria infestada de foras-da-lei, caçadores de recompensa, bandos de criminosos, revolucionários e assassinos, percorrendo desertos a cavalo trocando chumbo em uma espécie de “neo” velho oeste asiático, compõe o caótico cenário onde os três protagonistas: um assassino japonês, um ladrão chinês e um caçador coreano (exímios atiradores) promovem um verdadeiro “assalto ao trem pagador” em busca de um velho mapa de posse de diplomatas japoneses recém chegados na região que contém a localização de um fabuloso tesouro de uma dinastia milenar chinesa enterrado.

O filme traz sequências de ação que trazem tanto um pouco de John Woo quanto influência de animês (e talvez até um pouco de LOONEY TUNES), e embora as pretensões de emular a obra de Leone com uma nova identidade própria, deixem a desejar no quesito de aprofundamento na personalidade dos personagens (que apesar de bem muito bem construídos nessa versão, não se comparam ao carisma dos originais de Leone), a grande qualidade da direção no quesito ação e produção (que apesar de sua temática tresloucada, não recorre ao desrespeito á física para impressionar o espectador como nos filmes chineses) uma fabulosa perseguição no deserto antes do clímax (que lembra muito MAD MAX II) e o duelo final que fecha a obra com uma grande surpresa, fazem do filme um produto digno de suas influências valendo cada minuto das suas duas horas de projeção.